Subtensão e indução eletromagnética 

A corrente elétrica pode ser transferida de um ponto a outro através de cabos e contatos, ou por indução, como acontece nas bobinas dos transformadores e dos motores elétricos.

Percorrendo um meio condutor – fios, a eletricidade atinge longas distâncias, e uma das condições que a limitam e restringem é a lei da resistência, que subtrai da corrente elétrica a sua força, causando a queda de tensão, ou seja, a subtensão.

Por isso se deve respeitar o comprimento máximo de um circuito elétrico diante da espessura dos fios (bitola), para que a queda de tensão não seja inferior a 115 volts, o mínimo aceitável pelos equipamento elétricos nacionais para funcionarem adequadamente e cumprirem a sua expectativa de vida.

Assim de igual modo um mal contato em alguma conexão elétrica cria uma potencialização da resistência, e consequentemente também gera a subtenção.

Diante destas circunstâncias, onde se deveria ter por exemplo a tensão de 127 volts, a força poderá cair para 100 volts ou menos, e um dos objetos elétricos que mais se ressentem dessa situação é a geladeira, cujo relé de partida ficará tentando continuamente ligar o motor, sem o conseguir; até que que o eletrodoméstico estrague e pare de funcionar.

A citação da geladeira é somente para dar uma noção do quanto a subtensão é nociva, todos os eletroeletrônicos são de alguma forma afetados de imediato ou ao longo do tempo pela falta de energia suficiente para os alimentarem.

Já a indução de campos eletromagnéticos dentro de uma instalação residencial, comercial ou industrial está presente na distribuição da fiação nos circuitos e nos motores elétricos.

Porém sua ação danosa é irrelevante se prevista por um projeto elétrico, no qual estarão determinadas as admissões máximas de cabeamentos por circuitos em eletrodutos, e a adição de equipamentos de proteção e correção no quadro de disjuntores com contigência da redundância das propriedades de campos eletromagnéticos gerados pela corrente elétrica nos condutores e motores.

Experiência realizada com limalhas de ferro que demonstra o campo magnético gerado pela corrente elétrica em fios

Durante a partida de motores uma grande quantidade de eletricidade é requerida, necessitando de elevados níveis de corrente que os desgastam e comprometem a qualidade da energia fornecida no local, e ainda os elétrons ao transitarem pelos condutores (fios, contatos) estabelecem um campo magnético ao redor destes, e este conjunto criará dentro de uma instalação ignorante (sem projeto assinado por engenheiro eletricista) uma distorção da onda eletromagnética, chamada de harmônica.

A onda fundamental é a correta, as demais representam as distorções

Esta distorção é muito prejudicial principalmente aos motores elétricos trifásicos, bastante utilizados nas fábricas e indústrias, causando nestes aquecimento e desgaste prematuro, e portanto encurtando a sua vida útil. 

Em instalações elétricas industriais o correto dimensionamento da rede, dos comandos e dos sistemas de proteção tais como relés de sobretensão e subtensão, são  muito importantes e imprescindíveis para se resguardar de estragos de equipamentos caros que poderiam ter sido evitados.

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