Sobrecarga na instalação elétrica: causas e efeitos

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Sobrecarregar significa colocar excesso de alguma coisa em algo. Em instalações elétricas o termo está profundamente ligado à adição de equipamentos para além da capacidade para a qual o imóvel foi projetado.

Imagem que ilustra bem uma situação de sobrecarga na instalação elétrica: ponha no lugar do burro um disjuntor, no lugar da carroça a fiação e na carga um equipamento de alta potência elétrica

Excetuando-se as construções de poucos anos de idade, milhões de imóveis em todo o país estão defasados no que diz respeito à fiação elétrica e tomadas de força, tanto as de uso geral quanto as dedicadas a aparelhos de alta potência, as conhecidas tomadas de 220. 

A parte elétrica de muitos imóveis antigos foram concebidas para energizarem a meia dúzia de objetos eletroeletrônicos existentes a até a algum tempo atrás.

Porém a tecnologia assombrosamente evoluiu e evolui a olhos vistos, da noite pro dia aparecem novos sonhos de consumo e as pessoas correm para as lojas para ter o quanto antes aquela novidade eletrônica, passam o cartão de crédito em toda a parafernália elétrica das propagandas ou adquirem aquela *máquina de secar que nem precisa passar de tão quente e lisa que a roupa sai de dentro dela.

*Não confundir com “lava e seca”, secadoras além de terem potência muito maior que uma máquina de lavar, não lavam, somente secam roupas  

Fora os chuveiros que atualmente caso se queira atingem temperaturas absurdas, podendo-se até pegar água fervente deles para fazer um miojo.

Mas o que eu quero dizer com isso tudo na verdade é que os equipamentos de hoje e de amanhã se contrapõem cada vez mais aos fios das casas aonde chegam, pois os fios são finos, foram colocados para suprirem de energia uma televisão de tubo, a geladeira, o rádio, o ferro de passar roupas e uma boa ducha quente, não um monte de panela elétrica, dezenas de lâmpadas, secador de cabelo, chapinha, cooktop, forno elétrico, ar condicionado e mais uma infinidade de eletroeletrônicos conjugados com uma mini caldeira no banheiro.

De forma que as modernas tecnologias domésticas necessitam de fios mais grossos para as suportarem e superaquecem os fios finos presentes nas instalações dos imóveis, colapsando toda a distribuição elétrica e causando danos como rompimento das emendas por carbonização, desarme/estrago de disjuntores ou queima contínua de fusíveis.

Além da conta de luz que sem explicação vem chegando cada vez mais alta, e não é ninguém roubando a energia nem a concessionária errando na leitura, é a fiação toda quente transformando eletricidade em calor devido à sobrecarga.

Todavia o ser humano é assim mesmo, ele gosta é de exibição, de status; investe em rebaixamento de tetos de gesso e manda pôr iluminação pública dentro de casa, que mesmo sendo de led e gastando menos que as lâmpadas incandescentes ainda assim têm a necessidade de inserção de fiação condizente com a sua potência elétrica.

E não tem jeito, se conselho prestasse estaria nas prateleiras das lojas, estou aqui perdendo o meu tempo. Na prática o que se vê é as pessoas sempre economizando o máximo possível com os fios, inclusive confiando a parte elétrica da casa ao cara que ao mesmo tempo é pedreiro, pintor, encanador e eletricista, além de decorador.

Multibanho, “invenção” extraordinária de um faz-tudo que conheci com grande potencial para causar um curto-circuito por sobrecarga

Então quando a casa cai, ou melhor, pega fogo, só não falo bem feito quando vejo isso no noticiário por que às vezes pessoas e crianças são vítimas de uma morte terrível se vendo cercadas por fumaça e chamas, mas o aviso é dado muito antes da tragédia acontecer e na sequência vou enumerar os sinais de que algo grave está para ocorrer quando:

1 – Há no imóvel excesso de extensões e adaptadores ligando vários objetos elétricos ao mesmo tempo;

2 – Você coloca mais um adaptador ou extensão para energizar um novo equipamento na sua casa e algum disjuntor passa a cair ao mesmo tempo em que o aparelho está sendo usado;

3 – Um eletricista vem e providenvia a troca do disjuntor por outro de maior capacidade de corrente elétrica e assim nada desliga mais, a fiação pode esquentar à vontade e a coisa toda pode ficar ligada.

Olha, vou deixar bem claro: a maioria dos incêndios causados por curto-circuitos, à luz de exames periciais sempre revelam como gatilho fiação antiga ou abundância de extensões e adaptadores, além de  gambiarras feitas por amadores, os polivalentes faz-tudo, vulgos maridos de aluguel.

Estas prestativas pessoas que sem conhecimento ou sem consciência na ânsia de ganharem um dinheiro fácil, ao invés de alertarem que a fiação precisa ser forçosamente trocada ou o equipamento não poderá ser utilizado, simplesmente colocam um disjuntor mais forte e resolvem o problema por hora.

Mas como eliminar o problema da sobrecarga? 

Não existe milagre nessa questão, será preciso trocar toda a fiação por fios mais grossos, não é o caso de mudar fio fino velho por fio fino novo, a parte elétrica do imóvel deverá ser alterada de forma a operar sem aquecimento, o que envolverá a abertura de mais circuitos de tomadas ou de iluminação trazendo junto a si quebra quebra de paredes e a inevitável reforma da construção.

Mas no final das contas não é nada disso que acontece, e então o impoderável se faz ouvir no meu telefone com as pessoas informando que deu um estouro e a luz acabou, mas que deve ser algo simples de resolver já que a fiação da casa é toda nova, foi trocada recentemente…

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