TÉCNICO / ELETRICISTA
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De repende do nada algumas luzes deixam de acender e a geladeira e outros eletrodomésticos param de funcionar.
Conclui-se então que é um problema com a eletricidade da casa, e depois de dar uma olhada nos disjuntores e não resolver nada toma-se a providência de procurar um eletricista para ver o que há.
E se a sorte nos trouxer a benção de encontrar um verdadeiro profissional, ele nos dirá para desligar rápido o disjuntor geral, pois o causador do problema talvez seja uma falha no cabo de neutro ou de fase e a instalação elétrica poderá estar no momento totalmente energizada na força de 220 volts, e o que não for bivolt e que ainda não queimou, vai queimar.
Observação: este texto considera a cidade de São Paulo, em outras localidades o sistema elétrico poderá ser diferente. Existem no Brasil regiões com a tensão em 110 e outras em 220.
Tal transformação da força quando a instalação for bifásica (a 3 fios) origina-se do rompimento do fio neutro na entrada de eletricidade do imóvel (relógio de luz), podendo se dar no caso de edificação térrea no padrão de energia ou na rede pública, e em se tratando de apartamento no centro de medição do prédio ou em uma das caixas de passagens dos cabos nos corredores dos andares e até mesmo dentro do próprio imóvel afetado.
Fios de entrada de eletricidade bifásica no poste do imóvel ligados à rede de energia. Quando a parte elétrica do local sofre uma alteração para 220, sempre encontraremos o cabo neutro (no caso o cabo do meio) rompido
Desenho das caixas de passagem dos cabos elétricos, presentes nos corredores de prédios. A partir de cada uma das caixas nos corredores, saem os cabos que alimentarão os quadros de disjuntores dos apartamentos
Também a falha poderá ocorrer no aterramento do cabo neutro, porém isso é raro de ocorrer, e os sintomas deste tipo de defeito são de uma falha intermitente, quando em uma hora há a tensão de 110 e em outra a de 220. Portanto, se o exame determinar um problema na barra de terra o aterramento terá que ser refeito.
Se a instalação elétrica for trifásica (a 4 fios) o defeito se dará em um mal contato ou interrupção de um dos cabos de fase no padrão de energia, centro de medição ou na rede, e neste caso ao se medir a tensão das fases com neutro um dos cabos de fase acusará a leitura de 220, enquanto os demais trarão a leitura normal de fase com neutro (110).
Atenção: existem na cidade de SP sistemas trifásicos a 4 fios com fechamento em triângulo na saída do transformador da rede pública de energia, e então quando o sistema da região for em triângulo a FASE DO MEIO com neutro dará a leitura de + ou - 200 volts. Estas postagens minhas são de cunho informativo, são para se ter uma noção, meu site não se trata de nenhum curso de eletricista, é preciso ter conhecimento escolar em eletricidade para lidar com situações críticas
O causador do arrebentamento destes fios é sempre o mesmo: sobrecarga na instalação elétrica, ou seja, a colocação de equipamentos para além da capacidade para a qual a instalação foi construída para suportar, aquecendo muito a fiação e sobremaneira o cabo de neutro ou de fase, desencadeando a carbonização e até mesmo a separação de uma das suas emendas no ponto mais propenso a isso, normalmente na entrada de energia do lugar.
Sempre que sou chamado para consertar este tipo de defeito simplesmente corto as partes queimadas e reconecto o neutro ou fase, advirto que a fiação precisa ser trocada por fios mais grossos para se adequar à carga em seus circuitos ou o problema voltará, inclusive trazendo riscos de incêndio devido ao superaquecimento do cabeamento.
Deste modo ficamos conversados quanto à durabilidade do serviço, com eu não dando nenhuma garantia da minha parte e a pessoa sentando é mais coisas na instalação elétrica, não querendo nem saber de gastar com esse negócio de fio.
Afinal, pegar fogo nunca foi atração de circo, mas apesar dos pesares pode ser um caloroso espetáculo.
TÉCNICO / ELETRICISTA
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