O enterro da energia

A paisagem melhorou muito com o desaparecimento dos bagunçados cabos elétricos e seus parceiros condutores de telefonia, internet e TV por assinatura nas regiões das cidades aonde já foram embutidos no solo.

A poluição visual diminuiu bastante com a extinção dos postes e sua mortal rede aérea de alta tensão, portadora da potência de até 23.000 volts na área urbana.

Ceifadora de muitas vidas de funcionários das empresas de energia desatentos e também de ladrões de cabos elétricos, a rede aérea ainda existe em muitas regiões aqui na cidade de São Paulo, mas aos poucos vai desaparecendo do cenário.

Porém o caminho é longo, além de cavar trincheiras a um metro de profundidade nas ruas e calçadas, as companhias de energia elétrica têm que promover a gestão dos interesses das empresas de internet, telefonia e TV a cabo no sentido da participação destas no enterramento do seus condutores também.

O enterramento da rede elétrica e cabos das empresas parceiras livra as cidades do emaranhado de coisas penduradas nos postes, e dá fim aos fios soltos, caídos nas calçadas. Esses fios soltos, que em sua maioria têm origem na ação de furto de cabos elétricos por usuários de drogas, também já causaram a morte de muita gente.

Entretanto, o enterramento não impede que o roubo continue. Os ousados ladrões removem as pesadas tampas de ferro fundido e adentram os túneis da rede para cortar  e retirar os grossos cabos de cobre, mantendo esse problema que nos afeta de todas as formas, começando na falta de luz nessas horas e terminando no repasse do prejuízo das empresas aos consumidores.

Somente se terá uma solução completa e permanente quando for criada a transmissão wireless (sem fio) de qualquer tipo de sinal elétrico que dependa de cabos.

Nikola Tesla previu no passado que um dia o mundo inteiro seria alimentado eletricamente sem a necessidade de nenhum cabo ou fio, inclusive fez projetos e até construiu uma torre de transmissão que não chegou a entrar em funcionamento

Para se introduzir inovações em setores que há muito estão condicionados a interesses de grupos de investidores e da industria de manufaturados como os derivados de plástico e cobre, nunca foi, não é e jamais será fácil.

Mas esse dia chegará, assim como um dia toda inovação tecnológica acaba sendo implantada, por mais que encontre barreiras e impedimentos, em nome da necessária evolução humana.

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