Energia elétrica: geração, circulação e consumo

A força elétrica na verdade não é de fato consumida, apesar dos usuários dessa forma de energia serem chamados de consumidores. A energia elétrica, ou seja, a eletricidade; assim como todas as outras formas de energia não pode ser destruída, mas tão somente utilizada.

É óbvio que se a energia deixar de ser gerada ela desaparecerá.

Nas usinas de geração a eletricidade é produzida e enviada pelos cabos de transmissão até às casas, edifícios, lojas, fábricas e industrias.

Quando a eletricidade chega em seu endereço ela circula pelos seus aparelhos, máquinas ou iluminação e retorna para a usina de geração de onde veio, e de novo refaz o caminho até você, continuamente; sendo este percurso estabelecido pela energia chamado de circuito elétrico.

Se você estiver de viagem e tudo estiver desligado na sua casa, inclusive os disjuntores, ela estará lá disponível na forma de potencial elétrico sem que haja gasto do seu dinheiro.

Porém quando você retornar e ligar a luz ao entrar ela voltará a circular entre a sua casa e a fonte da energia elétrica (usina) passando a gastar o seu dinheiro.

Exemplo da circulação da eletricidade (circuito elétrico). Considere no lugar da bateria, a usina de geração de energia, e em substituição à lâmpada, a sua casa

Você paga por usar a eletricidade, e por quanto tempo e velocidade com que você a faz circular pelo seu imóvel. O medidor (relógio de luz) registra isso aumentando sua quilometragem por hora se você liga o chuveiro, diminuindo se você saiu do banho e estacionando com o freio de mão puxado se você tirar tudo das tomadas e apagar todas as luzes, ou desligar o disjuntor geral.

Digo isso por que há equipamentos que continuam a funcionar mesmo desligados, ainda que minimamente, os chamados stand-by (esperando). Estes objetos são aqueles que ficam com alguma luzinha ou display aceso quando você os desliga pelo controle remoto.

Então assim podemos compreender que um equipamento de maior potência elétrica – watts, fará a eletricidade passar mais rápido por ele, e em maior quantidade, como o combustível no motor de um carro em alta velocidade consumindo mais gasolina por quilometro rodado para suprir de força motriz o seu peso ou a sua carga elétrica, no caso de aparelhos eletroeletrônicos.

Mas então se é assim que a eletricidade se comporta, circulando pelos aparelhos e máquinas e voltando para onde veio e vice-versa, não sendo realmente consumida, por que ela continua em produção na usina e vira e mexe nos pedem para economizar energia?

Porque há perdas em forma de calor durante a circulação da eletricidade nos cabos de alta tensão, fios, condutores, aparelhos, máquinas e iluminação. Essa transformação de parte da energia em calor tem origem na resistência dos materiais à passagem da corrente elétrica, o chamado efeito joule.

Tudo que utiliza eletricidade provoca uma resistência ao trânsito desta, e consequentemente esquenta. Por isso certos equipamentos como os computadores têm ventiladores internos, e se você for em uma grande empresa que utiliza muitos computadores verá que no lugar onde ficam os servidores existe ar condicionado para refrescá-los.

Além do mais a demanda, ou seja, o consumo; está sempre e ininterruptamente aumentando através de novas instalações elétricas construídas, e novos objetos elétricos anexados às já existentes. 

O que a usina faz ordináriamente é repor as perdas pela transformação em calor, além de atender as exigências do aumento de sua força – corrente elétrica, requerida em novas ligações em seu circuito.

Existem muitas formas de se gerar energia elétrica:

– Através da retenção das águas de um rio (hidrelétricas)

– Pela movimentação do vento (cata-ventos)

– Placas de células fotovoltáicas (luz solar)

– Queima de combustíveis (termoelétricas)

– Reação nuclear (usinas atômicas)

Todas estas formas de geração de energia tendem a desaparecer no futuro, excetuando-se a captação e transformação da luz solar em eletricidade, cujo meio é o que abastece eletricamente a estação orbital internacional, além dos telescópios, satélites e sondas exploratórias lá no espaço.

Dia desses assiti na TV uma outra forma interessante e curiosa de geração de energia elétrica: existe um movimento de uma organização que percorre as cidades do mundo instalando nestas um sistema no qual as pessoas são convidadas a irem até o local do evento com as suas bikes, e ao chegarem são convidadas a engatarem suas rodas lado a lado num mecanismo de movimentação que por sua vez alimenta de energia elétrica toda a estrutura do evento, desde a iluminação até o telão de exibição de um filme em frente aos pedaleiros.

Deste modo legal e divertido no qual as crianças, jovens e idosos participam entusiasmados (se faltar pedalada a energia acaba) todos assistem o filme ao mesmo tempo em que se exercitam.

Você sabia?

A ELETRICIDADE EM LITROS

Como a eletricidade no Brasil é obtida basicamente a partir das hidrelétricas, é possível verificar não apenas quantos quilowatts-hora, mas quantos litros de água são consumidos para fazer funcionar os eletrodomésticos. Veja quanta água uma usina como a de Xingó, na divisa entre Alagoas e Sergipe, utiliza para movimentar as turbinas e colocar em funcionamento os seguintes produtos:

– Forno de microondas ligado por 5 minutos: 190 litros ou 20 baldes;

– Ferro de passar em 20 minutos: 1.100 litros ou sete banheiras cheias d’água;

– Assitir televisão por 2 horas: 2.100 litros ou quatro caixas d’água;

– Chuveiro: 4.100 litros ou duas piscinas em 15 minutos;

– Geladeira a cada 24 horas: 10.000 litros ou um caminhão pipa.

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